BC: 'Prévia do PIB' cresce 1,3% e fecha o 1º trimestre em nível recorde

Agropecuária guia o resultado positivo do trimestre. Com avanço de 6,1%, o setor puxou o desempenho da economia nacional entre janeiro e março, mostra o IBC-Br. A indústria (+1,6%) e o setor de serviços (+0,7%) apresentaram altas mais tímidas no período.

Comparações com 2024 trazem notícias positivas. Segundo o IBC-Br, o nível da atividade econômica em março é 3,5% maior do que o verificado no mesmo mês do ano passado. No acumulado em 12 meses, a alta é de 4,2%, segundo o Banco Central.

Economia permanece resistente às taxas de juros. O crescimento da "prévia do PIB" surge mesmo com a sequência de elevações que levaram a taxa Selic a 14,75% ao ano, o maior patamar desde 2006. As altas determinadas tornam o dinheiro e o crédito mais caros, representando um freio no consumo e na economia para conter a inflação.

Os dados mostram que, apesar de sinais de arrefecimento na margem, a economia brasileira ainda está aquecida em momento em que se discute o fim do ciclo de alta na taxa de juros.
André Valério, economista sênior do Inter

O que é o IBC-Br

Indicador é calculado a partir de uma base similar à do IBGE. Com divulgações mensais, a coleta de dados do Banco Central é classificada como a "prévia do PIB" por antecipar o andamento da atividade econômica. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apresenta os dados sobre o desempenho da economia somente a cada período de três meses.

Resultado de 2024 teve diferença de 0,4 ponto percentual. O PIB brasileiro avançou 3,4% no ano passado. No IBC-Br, foi contabilizada uma alta de 3,8% da atividade econômica no mesmo intervalo. O resultado oficial do PIB do primeiro trimestre será revelado pelo IBGE no próximo dia 30.