Super Quarta tem decisões de juros; EUA e China começam negociações

Bom dia, investidor,
Veja os destaques desta quarta (7):
- Primeiras negociações formais entre EUA e China sobre tarifas ocorrem esta semana
- Brasil: Copom define nova taxa de juros
- FOMC divulga taxa de juros dos EUA
- Temporada de balanços: Bradesco, Minerva e Rede D'Or são destaques
Primeiras negociações formais entre EUA e China sobre tarifas ocorrem esta semana
- Os governos dos Estados Unidos e da China anunciaram que realizarão suas primeiras conversas formais sobre tarifas desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, deu início à guerra comercial entre os dois países, que abalou os mercados financeiros e trouxe preocupações sobre as cadeias globais de suprimentos.
- De acordo com comunicados divulgados nesta terça-feira (6) pelos dois governos, a reunião ocorrerá no próximo sábado (10) em Genebra, na Suíça. Participarão do encontro o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante de Comércio, Jamieson Greer, que devem embarcar para a Suíça na quinta-feira (8). Do lado chinês, o vice-primeiro-ministro He Lifeng liderará a delegação, com chegada prevista para sexta-feira (9).
- As expectativas para a reunião são altas, já que as tensões comerciais têm pesado sobre a economia global. Recentemente, os EUA anunciaram tarifas de até 145% sobre diversos produtos chineses, ampliando as preocupações com a desaceleração econômica mundial.
- Esse será o primeiro diálogo formal entre as duas maiores economias do mundo desde que Trump adotou uma postura mais agressiva em relação ao comércio internacional, impondo tarifas abrangentes sobre todas as importações chinesas. Analistas acreditam que o encontro pode ser um passo importante para aliviar as tensões e buscar uma solução para a disputa tarifária, que já dura mais de dois anos.
Brasil: Copom define nova taxa de juros
- O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil define hoje o novo patamar da taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano.
- A expectativa do mercado é de um aumento de 0,5 ponto percentual, levando a Selic para 14,75% ao ano, o maior nível desde 2006. Esse ajuste seria menor do que os anteriores, que chegaram a 1 ponto percentual, e pode marcar a última alta do ciclo neste ano, segundo projeções do Boletim Focus e de economistas do mercado financeiro.
- O principal motivo para essa possível alta mais moderada é a combinação de fatores como os sinais de desaceleração econômica, que apesar de um mercado de trabalho ainda aquecido, apontam para um ritmo de crescimento mais lento.
- Além disso, os efeitos defasados da política monetária já aplicada estão começando a ser absorvidos pela economia, reduzindo a necessidade de ajustes mais agressivos.
- Mesmo com a inflação ainda elevada, as projeções indicam que a alta dos preços deve desacelerar nos próximos meses, permitindo ao Banco Central uma postura mais cautelosa. Por fim, o próprio Copom já havia sinalizado, em suas comunicações anteriores, que os ajustes futuros seriam "em menor magnitude".
- O anúncio da decisão deve ocorrer após as 18h, e o mercado estará atento ao comunicado do Copom, que pode trazer pistas sobre os próximos passos da política monetária, incluindo possíveis cortes em 2026, caso a inflação se estabilize.
FOMC divulga taxa de juros dos EUA
- Nos Estados Unidos, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve se reúne hoje para definir o rumo dos juros no país, atualmente no intervalo de 4,25% a 4,5%.
- O consenso entre analistas é de manutenção das taxas, refletindo um cenário econômico misto: a inflação segue acima da meta de 2%, mas há sinais de desaceleração no crescimento econômico e resiliência no mercado de trabalho
- O foco do mercado estará no discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, marcado para as 15h30 (horário de Brasília). Powell deve adotar um tom cauteloso, reforçando a necessidade de mais dados para embasar futuras decisões de corte de juros, que muitos analistas só esperam a partir do segundo semestre de 2025, caso a inflação mostre sinais mais concretos de controle
- Entre os fatores que pesam na decisão do Fed estão a inflação persistente, que apesar de uma leve desaceleração recente, continua acima da meta; o mercado de trabalho robusto, que mesmo com alguns sinais de enfraquecimento na indústria, segue resistente; e os riscos fiscais e incertezas externas, que incluem tensões comerciais e instabilidade política, pressionando o banco central americano a adotar uma postura mais cautelosa
Temporada de balanços: Bradesco, Minerva e Rede D'Or são destaques
- Além das decisões sobre juros, o mercado também acompanha de perto a temporada de balanços, que começa a se intensificar esta semana. Entre os destaques estão os resultados de grandes empresas brasileiras, como Bradesco (BBDC4), Klabin (KLBN11), Auren Energia (AURE3), Engie Brasil (EGIE3), Minerva (BEEF3), Rede D'Or (RDOR3), Taesa (TAEE11), Ultrapar (UGPA3) e Vivara (VIVA3)
- Os investidores estão atentos aos impactos dos altos juros, câmbio volátil e inflação sobre os resultados corporativos, além das estratégias para enfrentar os desafios econômicos esperados para 2025. Setores como papel e celulose, energia e saúde têm se mostrado mais resilientes, enquanto bancos e varejo podem enfrentar mais dificuldades em um cenário de crédito restrito e demanda moderada
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na terça (6):
- Dólar: 0,37%, a R$ 5,71.
- B3 (Ibovespa): 0,02, aos 133.515,81 pontos.
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