Veja o que o Haddad disse ao Canal UOL sobre INSS, IR, PIB, juros e eleição

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discutiu os temas econômicos mais importantes do país neste momento em entrevista ao Canal UOL hoje.

Veja a seguir o que ele falou sobre o escândalo do INSS, a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês, as perspectivas para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), a proposta do empréstimo consignado privado, o atual patamar dos juros, a posição do Brasil na guerra comercial entre Estados Unidos e China e suas pretensões políticas.

Escândalo do INSS

Investigação das fraudes respinga no governo porque é livre, disse o ministro. Segundo Haddad, a CGU (Controladoria-Geral da União) provou independência ao entregar a investigação à Polícia Federal e não ao governo. A apuração revelou um desvio de até R$ 6,3 bilhões de pensões e aposentadorias por associações de classe e sindicatos, que embolsavam valores descontados diretamente das remunerações.

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Isenção do IR

Haddad defendeu que o Congresso trate o aumento da isenção do Imposto de Renda como "prioridade". Promessa de campanha do presidente Lula (PT), o governo quer isentar cerca de 15 milhões de pessoas que recebem até R$ 5.000 por mês. A ideia é tão boa que deveria ser aprovada pelo Congresso Nacional em 15 dias, brincou o ministro na entrevista. Ele lembrou ainda que Jair Bolsonaro (PL) prometeu o mesmo, mas "desistiu" devido ao impacto para as contas públicas.

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Rumos da inflação

A inflação está "acomodada" no Brasil, para Haddad. O IPCA (índice que mede oficialmente a inflação no Brasil) está acumulado em 5,53% em 12 meses, acima da meta do Banco Central, que é de 3% com tolerância de um 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o ministro, a inflação está alta no mundo todo neste momento; a diferença é que, no Brasil, o PIB (Produto Interno Bruto) continua crescendo.

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Perspectivas para o PIB

Haddad mostrou otimismo sobre o crescimento econômico do Brasil. Ele espera que o PIB termine o ano com alta de 2,5%, o que dá uma média de 3% ao ano, em média, ao longo do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Crítica à taxa de juros

O ministro da Fazenda criticou a elevada taxa de juros (Selic) no Brasil, de 14,75% ao ano. Embora o presidente do BC —responsável pela taxa —, Gabriel Galípolo, ter sido indicado por Lula, o ministro atribuiu a Selic nas alturas à "herança" de gestões anteriores. A Selic em altos patamares encarece a concessão de crédito e desaquece a economia.

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Empréstimo consignado necessário

Ao justificar a necessidade de conceder um empréstimo consignado a trabalhadores com CLT, Haddad disse que muita gente no país está buscando agiotas para conseguir crédito. Ele afirmou ainda que a medida vai melhorar a vida dos trabalhadores que tomam empréstimos a "5%, 6%, 7% ao mês".

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O Brasil na guerra comercial

O Brasil não vai escolher entre China e EUA na guerra comercial iniciada pelo tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou Haddad. Ele disse que as duas maiores economias do mundo são importantes para o Brasil, que pode e deve negociar com ambas. Ele lembrou que Lula acredita no multilateralismo e que os EUA precisar ter um olhar "mais generoso" para a América Latina.

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O risco do Banco Master

O Banco Master é um problema do Banco Central e não do sistema bancário, afirmou o ministro da Fazenda. O risco de liquidez do banco, que pode ter uma fatia de 58% comprada pelo BRB (Banco Regional de Brasília), deve ser avaliado pelo BC, na opinião de Haddad.

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Futuro político

Haddad defendeu a reeleição de Lula no ano que vem. Ele disse que o presidente tem o direito de decidir se vai concorrer ao quarto mandato apesar da baixa popularidade. Haddad desconversou sobre sua intenção de concorrer à Presidência e descartou a intenção de disputar o Senado em 2026. "Não estou pensando em eleições", afirmou.

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