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Josias: Haddad deixa claro que governo aproveita confusão de Trump

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, mostrou que o tarifaço imposto por Donald Trump abriu oportunidades para o Brasil e o governo se esforça para aproveitar bem estas janelas, analisou o colunista Josias de Souza na edição de hoje do UOL News.

Em entrevista ao Canal UOL, Haddad afirmou que os EUA deveriam olhar com mais generosidade para o Brasil e os demais países da América Latina ao impor tarifas sobre importações.

Do ponto de vista geopolítico e estratégico, o ponto mais importante da entrevista foi o fato de o ministro ter costurado a movimentação do governo, com a viagem dele para os EUA e encontros com autoridades europeias, e o presidente na China.

Ele deixou muito claro que, do ponto de vista do Brasil, essa confusão e balbúrdia provocadas por Donald Trump oferecem oportunidades, e o governo está se empenhando para aproveitá-las, sem desprezar o comércio com os EUA e aproveitando as oportunidades que podem surgir na China e em relação ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

Haddad faz uma leitura adequada do comportamento do Trump. São nítidas as disfuncionalidades da economia americana. Trump está tentando resolvê-las, mas de maneira equivocada. É muito claro que os EUA precisam resolver seu déficit crônico na balança de pagamentos e seu déficit fiscal, com juros em um patamar muito mais alto do que o desejável por muito tempo. Josias de Souza, colunista do UOL

Para Josias, Haddad evidenciou que a esquerda trabalha apenas com o nome de Lula para a disputa eleitoral em 2026.

Do ponto de vista político, soubemos pela manifestação do Haddad que foi potencializada a convicção de que a esquerda não tem outra alternativa senão o Lula.

São aspectos diferentes, mas o ministro iluminou vários caminhos políticos e econômicos. A entrevista foi interessante por conta disso. Josias de Souza, colunista do UOL

Landim: Haddad comete sincericídio ao criticar juros altos

Embora tenha destacado o trabalho de Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central, Fernando Haddad cometeu um "sincericídio" ao criticar as elevadas taxas de juros no Brasil, avaliou a colunista Raquel Landim.

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Do lado econômico, dois pontos me chamaram mais a atenção na entrevista do ministro. O primeiro é o empenho dele no projeto do Imposto de Renda. Ele o considera muito bem desenhado e até brincou que 'é tão bom que deveria ser aprovado em quinze dias'.

Haddad sabe que será uma negociação delicada. Atrás das câmeras, ele disse que a perspectiva mais para setembro. O ministro está empenhado e acha o projeto justo e meritório porque é preciso cobrar mais imposto de renda daqueles que ganham mais.

É uma briga que o governo está disposto a comprar, apesar de ela ser muito delicada no Congresso Nacional. Estão vindo ideias diferentes; o PP trouxe uma com o senador Ciro Nogueira e há um projeto que ressuscita outra lá da gestão do Paulo Guedes [ex-ministro da Economia de Jair Bolsonaro], que o governo está rebatendo. Há uma briga bem interessante vindo por aí no projeto do IR. Raquel Landim, colunista do UOL

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